"Há um anjo que se apresenta com suas vestes de luz, com suas mãos de doçura,
com sua voz sincera... Sempre sorri. Sempre abraça. Sempre envolve e alivia a dor. ”
(autor desconhecido)
Dr. Aroldo, cuja característica foi a de um homem humilde e absolutamente humano! Eu o conheço desde menina, da rua São Francisco, onde éramos vizinhos. Frequentava sua casa para brincar com seus filhos Raimundo e Layce. Assim constituí um vínculo com a família Tourinho. Tempo bom... ! Tempo de brincadeiras inocentes, andar descalças e aproveitar do tempo chuvoso para soltarmos barquinhos de papel que deslizavam na enxurrada caudalosa e de cor barrenta que corria em frente nossas casas. Fomos crescendo e a amizade se solidificando. Nossa juventude: não posso lembrar este momento e esquecer da família Tourinho.
Dr. Aroldo e D. Lourdes, casal mil da nossa sociedade, marcaram presença em nossas alegrias e felicidades. Com eles frequentávamos as festas nos clubes, que eram o máximo em nossa época. Que saudades! Meus pais não iam às festas, então a salvação era ser amiga do casal que, como “bons baianos” eram festeiros, principalmente para o carnaval! Eu ficava com ”inveja” de Layce, que tinha todos os “apetrechos” para o carnaval e ainda desfilava a cada dia uma fantasia diferente. Eu sempre de carona !!!!! Tínhamos também os amigos Janete Bessone, Mário e Genival Tourinho e outros de quem não me lembro. Ô tempo bom!
Chegando à idade adulta, nos separamos por alguns anos: Raimundo e Layce foram estudar em Belo Horizonte e eu fui para o Rio de Janeiro.
Vencida esta etapa, vieram nossos casamentos e os filhos, e assim a vida mudou. Ou mudamos nós?
Mas o médico Dr. Aroldo Tourinho continuou a honrar sua profissão com o coração da pessoa apaziguadora e simples que sempre foi. Não deixei de frequentar sua casa. Desta vez mais próxima de D.Lourdes, que continuava minha vizinha! Em nossos encontros, Dr.Aroldo costumava desabafar as “travessuras” de Aroldinho e Roberto (os famoso Cabaret e Didu, de tantas histórias). Ele falava com seriedade, mas conformado com “as proezas” dos rebentos. Era para chorar de rir: “os causos...”
Dr. Aroldo, aquele que sempre tentou diminuir as dores que as pessoas carregavam, foi meu vizinho, meu amigo, meu médico, pai dos meus queridos amigos Raimundo, Layce, esta que é minha comadre e carrega todos os adjetivos qualificativos (inteligência e cultura são itens que merecem destaque), Haroldinho, Roberto e Henrique. Só posso desejar que seu centenário de nascimento seja muito comemorado e que as homenagens dignas de sua nobreza sejam realizadas devido a tudo que representou para nossa Montes Claros!
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