Fonte: Jornal de Notícias, 17.05.2012
Para os que não o conheceram, Aroldo Tourinho passou a ser, merecidamente, o nome de um bom hospital. No centésimo ano de seu nascimento, 28 de fevereiro, é justo e salutar dizer, ainda que resumidamente, quem foi ese médico humanista.
Dizer, principalmente para a juventude ligada à profissão hospitalar, que ele foi exemplarmente um profissional a ser lembrado junto com as memórias da cidade. Exemplo de obstetra competentíssimo e ginecologista incomum, porque parteiro voluntário e gratuito na Santa Casa de Misericórdia.
Tinha quase que uma preferência pelo parto das mulheres que não podiam pagar pelo trabalho médico. E isso ele fazia, não por caridade, mas pelo que julgava ser o dever profissional, sem outro intuito que não fosse o de assegurar a todas as parturientes o melhor atendimento médico.
Não havia ainda assistência pública de valia e, por isso, mais ressaltavam os nomes de Irmã Beata, Konstatin Christoff e Aroldo Tourinho. Pessoas que não se contentavam em ser apenas bons profissionais e cidadãos.
Aroldo procurava sempre ser melhor.
Como médico, na direção clínica ou na provedoria do hospital e, também, como homem público, criador de normas assistenciais.
Poucos médicos conseguiram em Montes Claros a popularidade que ele desfrutava, com simplicidade, grande lisura ética e benquerença humana.
Por ser médico, foi o vereador que, em 1967, criou em Montes Claros a Fundação Municipal de Amparo à Infância, FUMAI.
Foi co-fundador e o primeiro professor de ginecologia e obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de Montes Claros.
E, por tudo o mais que fez, além de ser lembrado como nome de hospital, Aroldo da Costa Tourinho é nome para ser reverenciado sempre e também como cidadão que passou a fazer parte da história de Montes Claros e do Norte de Minas.
Adendo do JN: Este artigo estava sendo elaborado na época em que seu autor adoeceu, vindo a falecer.
Certamente receberia correções e seria enriquecido com mais informações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário