Escrever sobre ele me faz voltar a MocCity, à Famed, à Santa Casa, ao tempo bom de estudante, aos meus primeiros plantões... Quando sufoco, quantas decisões, quanta alegria, quanta saudade!
Fazer ginecologia/obstetrícia foi-me uma escolha muito pensada e o dr. Aroldo teve uma enorme influência. Ficava encantado ao vê-lo chegar à Santa Casa, tão pequenininho no tamanho, mas tão grande em sabedoria, gentileza e paciência. Com seu jeitinho manso, humilde, calado, sorrindo com jeito de menino levado, tinha sempre uma palavra carinhosa e amiga para todos os amigos e pacientes, independente de classe ou de cor.
Fui visitá-lo pouco antes de nos deixar, no hospital São Lucas, em Belo Horizonte. A tristeza foi enorme. Tanta fragilidade em tamanha vontade de viver. Não conseguia falar, mas escreveu num pedaço de papel que guardo até hoje "Que dia eu saio? Me tira daqui!"
Com certeza está lá em cima, tomando conta de nós, junto com a Irmã Malvina.
Deixou saudades como exemplo de médico, colega e amigo.
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